29 de janeiro de 2015

O grande jogo, por Artur Alonso Novelhe


Pela força de atração e repulsão
surge a dúvida no mundo.
No combate ao indiferente eu achei certa aquela voz
que habita no meu deserto.
O profeta proferindo:
“Amar-vos uns dentro dos outros”
Mas o clérigo predicou, prevaricando :
“Olho em seus olhos, dente em seus dentes
deveis vingar: é tempo de derrubar o templo”
Respiramos longamente, para no espelho assassinar
aquele que nos mostra a nós mesmos
Tínhamos uma vida anímica
e na arte filantrópica, altruísmo
para logo nos mostrar, a eles, também superiores….
(fora um tempo colonial
na noite ainda melancólico)
Houve uma bomba – mortes dentro do ocidental jornal, e
milheiros de pessoas sua aversão a demonstrar
a aqueles que foram maus filhos
… Soldado: soldado algum dia tu serás
para remover com teus ossos
as cinzas que tardam em maturar
milênios no Meio do Oriente…
O ódio adensa-se,
no sangue o desejo ainda flui
animicamente empregando
por algum tempo
propósitos bem maléficos…
Aquele lume purifica
na guerra que alguém quer procriar
se joga o controlo do mundo…
Nós, os outros, olhamos paralisados
enquanto o tirânico Oráculo
revestido de poder Mundial
se mostra precavido…
(o Deus Mercado não sabe em quem confiar
agora que a Rússia de novo tenta desafiar
com Beijing espreitando na porta do inicio)
Acomodem passageiros,
segurem bem o cinto
Decolamos, hoje, bem cedo,
para manobras realizar, ocultas sobre o abismo!

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