Saudar de Novo
por Maurícia Teles da Silva
Que o abrir do novo ano nos conceda a visão em frente, para lá do horizonte, e
os necessários momentos de reflexão sobre o antigo, em que passado e futuro
são este tempo que vamos construindo. Deste modo, mirando o agora enquanto
semente do devir, surgiram-me as quadras de Mestre Agostinho, compartilhemos:
O mais simples alicerce
traz logo a casa traçada
se eu quiser chegar a Deus
começarei por ser nada.
Aperfeiçoa-te ao máximo
em tempo que nada valha
pondo toda a tua pressa
no que de tempo é migalha.
(Agostinho da Silva, Quadras Inéditas, Ulmeiro, 1990)
Pensando a liberdade e para fraternizar, que não se perca o mote...
“Livre de ordenar verso
ao servidor Agostinho”[1]
Espírito em seu amplexo
para traçar o caminho.
Ousemos acreditar
que o vero é possível
ainda que não visível
é o mister de Criar.
[1] A. S., in Carta datada de 8/3/93, Ode breve a Mestre Sócrates
Assim, agradecemos: ao Professor João Ferreira que nos renovou a memória do
convívio com Agostinho da Silva em Brasília; à nossa associada, pintora
Anabela Vieira, pelo singelo retrato de profundo e longínquo olhar criando
aquele lugar que afinal poderá não ser utópico. Felicitamos
Alexandra Vieira responsável pela Livraria Arquivo, em Leiria,
e a autora Patrícia Martins que não esqueceu as crianças
na oportunidade de lhes dar a conhecer:
“Deu-me o Nome LIBERDADE o avô Agostinho da Silva”, com adoráveis ilustrações.
Assim, prosseguimos solidários com todos aqueles que acreditam
na possibilidade de uma Vida mais fraterna