PÁSSARO AZUL
(autor: Santiago Naud)
Pássaro azul
que me abismou no vórtice,
pássaro azul.
Pássaro azul
que me bicou nos olhos,
pássaro azul.
Pássaro azul
a me alongar a carne.
Venho embalde da minha infância alada
e debalde caminho à infância eterna.
Baralho o vôo e parto o passo e caio
na mágica de luz que me impulsiona.
Às vezes a razão me obscurece
e o desespero meu quebra pinheiros.
Há vezes que sou humano e revelado
e então meu canto silva em cor e vôo.
Então te escuto,
pássaro azul,
luar grifando o sangue,
coração balançando entre moscardos,
prognata mulher me dando um beijo.
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