14 de junho de 2014
O Brasil vive momentos gravíssimos em sua história.
Caríssimos;
Exceto a "consciência" coletiva do "pão e do circo" celebrizada por Roma,
inexiste razão de celebrar tudo o que se passa neste país com olhos de
amenidade serena como se estivéssemos adormecidos no mundo de Poliana.
Corre pela internet o comentário de Alceu Valença sobre a Copa no Brasil e,
merece ser lido pela lucidez e chamada de atenção. Hoje, pela manhã, vários
comentaristas da rádio CBN frisaram vários aspectos sobre a abertura de ontem,
no mesmo sentido de Alceu. Igualmente, divulga-se a farta e a barão na internet
as entranhas criminosas da Fifa, fato que explicita algumas das razões
do "sucesso" internacional do futebol.
Alguns pontos merecem ser destacados sobre a abertura deste celebrado evento
e, faremos isso em algumas postagens a contar de hoje, para não cansar os amigos.
O primeiro deles, diz respeito ao insólito fato de a
Presidente da República do Brasil estar presente no jogo, mas, não
fazer a abertura oficial da Copa, um fato sem precedentes, porque
corrobora a tese, ou a aceita, de que o evento é um escandalo de corrupção,
donde o inédito protocolo para "poupar" tanto a figura da Presidente do Brasil
quanto a do Presidente da Fifa de uma "exposição desnecessária"
do tupiniquim povo brasileiro, decisão, aliás, noticiada dias antes
pela imprensa brasileira que já defendia esse argumento.
Apesar dessa "cautela", as vaias que o público do estádio endereçaram à
Presidente do Brasil (e não foram as primeiras) foram na exata medida da
"força" das milhares de vozes que entoaram o hino nacional, numa espécie
de desabafo e aviso coletivo diante da autoridade máxima da República,
escondida do povo que a elegeu num canto escuro de uma sala reservada.
Se o Brasil está vivendo no mundo de Poliana menina ou moça, rescaldo
singelo da passagem pela Terra do Nunca de Peter Pan, mundo fabuloso do
outro Presidente que antecedeu esta Presidente, é mister recordar que os
contos de fada ensinam que, todo encantamento tem como causa o feitiço de
uma bruxa que sempre (é bom recordar) é desfeito em hora certa pelo
inusitado de um momento específico.
Os gregos antigos ensinavam o apreço pelos esportes como exercício de
cidadania e de ética coletiva e individual.
Até quando o mundo ocidental se desejará como ateniense e se
movimentará como espartano?
(por Loryel Rocha)
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