31 de julho de 2014

A NOVA DITADURA: O REGIME DA CLEPTOCRACIA


O caso do Banco Espírito Santo tem o mérito de pôr completamente a nu o regime que vigora em Portugal. É exatamente igual ao que se apoderou de todo o mundo. A atual versão da democracia chama-se ‘cleptocracia’.
A generalidade dos cidadãos tem perfeita consciência e suficiente conhecimento disso, mas está conformada à situação. Prima pela indiferença e pela falta de uma reação que acabe com a vergonha.
Estamos mais mortos do que no tempo do Estado Novo. Naquela era estávamos vivos, a tal ponto que obrigávamos os sacripantas a cuidar das aparências. Agora eles não têm essa necessidade. O mal dá-se ao luxo de se apresentar às escâncaras e de se rir, com gargalhadas estridentes e a bandeiras despregadas, na nossa cara. Ou seja, hoje, os cidadãos consentem que o mal ande por aí com total transparência, à vista de quem não se recusar a vê-lo.
Vivemos numa ditadura, repito, numa ditadura, que não se rala absolutamente nada por exibir disfarces esfarrapados de democracia. É como se nos tivéssemos habituado a uma comida envenenada, que não mata de uma vez, mas vai-nos matando silenciosa e sorrateiramente por dentro, na nossa dignidade e identidade.
Já o disse noutras ocasiões, os intelectuais e os académicos são corresponsáveis pela cleptocracia reinante. São coniventes com esta imundície que lhes chega ao pescoço, sem denotarem repelência pelo ar fétido que exala da cloaca em que tudo isto se tornou.
Afinal, nas Business Schools, Faculdades, Escolas e Institutos de economia, de gestão, de marketing e afins ensina-se o quê? A estabelecer negócios sérios ou artimanhas, métodos e procedimentos para incentivar a ‘criar’ negócios e ‘empreendedores’ sujos, desprovidos de escrúpulos e de inibições cívicas? E nas Faculdades de Direito, ensina-se a respeitar a legalidade e a ética ou forjam-se figurões, competências e habilidades para as driblar?
E aos comentadores e jornalistas, não lhes causa qualquer inquietude o facto de se prestarem a desempenhar o ‘papel’ de aldrabões e trampolineiros? Com que então o Banco de Portugal tem cumprido bem - e até de modo exemplar! - a função de regulador e disciplinador do sistema bancário? Está-se mesmo a ver, não está?! Como classificar um léxico e uma terminologia (e os seus utentes) que, em vez de esclarecer, servem para instalar a mistificação e confundir o cidadão?
Alguém, com um mínimo de inteligência, acredita que se pode ser Presidente do Banco de Portugal ou da CMVM - Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, sem estar mais ou menos integrado no sistema bancário e no setor financeiro? Poderá chegar a qualquer um dos cargos uma criatura que enfrente a desconfiança ou a oposição dessas confrarias? Sim ou não?
Regular e disciplinar o sistema bancário e o mercado financeiro será ir, de vez em quando, à Assembleia da República, fazer declarações, aparentemente condenatórias, mas não impeditivas da prática contumaz de fraudes, umas atrás das outras?
Que nome podemos dar a esta democracia do ‘faz de conta’ se não o de cleptocracia, consentida e oleada, de cima a baixo, pelos diferentes poderes? Aplica-se ou não a eles esta passagem - Se gritar: pega ladrão, não fica um, meu irmão!) - de uma conhecida canção brasileira?
Sentem os portugueses repugnância e revolta contra este roubo organizado? Não, não dão sinais que apontem nessa direção. Deixaram-se anestesiar, pouco a pouco, para irem morrendo lentamente sem o mínimo sintoma de dor moral. Não têm desculpa, nem podem esperar compreensão ou perdão. Vão legar aos vindouros uma memória de desdoiro e condenação.
Jorge Bento
29.07.2014

27 de julho de 2014

1º Concurso de Poesia do Encontro do Bonito-GO de Culturas Populares

Participe e Divulgue. Inscrições de 22 de julho a 22 de agosto.
Cada concorrente pode participar com, no máximo, 5 poesias. Informações pelo email
bonitopoesia@gmail.com
Informações e Inscrições ver o regulamento



24 de julho de 2014

Ariano Suassuna



Ariano Suassuna migrou para o Eterno 

deixando o profano e o sagrado 
para o bom entendedor no universo dos mortais. 
(J.G. Caianno)

PORTUGAL - a CPLP - a GUINÉ EQUATORIAL – NOVOS ACTORES


(Comentário Nº 1)
...
Resumo:
(A) - um novo Actor Internacional? - Poderá ser … e deveria ser!
(B) - a questão da Guiné Equatorial
(C) - NOVOS FACTOS e REFLEXÃO FINAL
….
(A) A questão do Sistema Internacional e o papel da CPLP
Na verdade o Mundo Global que vivemos implica que saibamos (nós os membros da Lusofonia e da CPLP) que o confronto entre potências mundiais continua (Federação Russa e EUA), ou directamente ou através dos seus aliados preferenciais (Países ou Blocos).

Vidé os casos da Ucrânia e da Venezuela, que ainda estão LONGE do términus das suas presentes crises internas e ainda longe de uma definição duradoura de Poder, que os leve a uma Paz duradoura.

Ora na verdade é necessário que os novos proto-pólos mundiais como:
- o Brasil, a India, a China e a África do Sul se assumam conscientemente como tal, para tentarem influir na construção de um Novo Equilíbrio Mundial.

Na verdade têm progressivamente adquirido a consciência de que têm que exercer, de forma afirmativa, o seu novo papel no Sistema Internacional, de forma a tentar o tal Novo Equilíbrio.

No caso do Brasil o Presidente Henrique Cardoso foi o primeiro a interiorizar que o Brasil não tem que se confinar a um “aparente destino” de ser apenas uma Potência Regional, tal como até aí acontecia no topo dos destinos da Nação Irmã.

Ora, na minha modesta opinião, o Brasil e Portugal, bem como Angola, Moçambique e todos os outros países de língua oficial portuguesa, têm à sua disposição um novo instrumento que poderá ser de afirmação internacional.
Só que não o têm visto como tal: refiro-me naturalmente à CPLP.

Mas para isso será necessário que TODOS os integrantes deste bloco percebam e interiorizem que este instrumento é fundamental para Todos e que avancem para o seu aprofundamento.

Isto é, a sua extensão para as áreas de Defesa Comum, da Segurança, da Economia e Finanças e de concertação estratégica a nível de uma Política Externa baseada em Mínimos Denominadores Comuns que permitam a sua afirmação como actor internacional.

Para isso é necessário, em primeiro lugar que os Governos dos Países deste espaço o interiorizem, isto é que os Poderes Políticos desses países, percebam que uma Comunidade assim construída pode potenciar a importância relativa do Bloco e em consequência dos seus integrantes, com evidentes benefícios potenciais para todos.

Isto, sem prejuízo de se inserirem noutros Blocos (A.S.E.A.N., U.E, N.A.F.T.A., etc…) que mais convenha aos seus interesses.

Mas tendo a Noção Clara que:
(1) Se o fizerem (o aprofundamento da CPLP no Modelo que defendo) serão parte de um espaço Geopolítico e Geostratégico importantíssimo.

(2) Se o souberem fazer, serão a um tempo: Embaixadores das suas Alianças Regionais junto da CPLP e Embaixadores da CPLP junto desses espaços, com os benefícios e sinergias daí resultantes.

Seguindo a reflexão e clarificando um pouco o que atrás escrevi gostaria de deixar á vossa Reflexão mais os seguintes pontos:
...
(1) A independência das Nações consegue-se, como o venho dizendo há alguns anos, por vários factores dentre os quais destaco a Diversificação de Dependências Externas;
...
(2) Nessa linha de raciocínio o simples facto de se aprofundar esta aliança, ainda embrionária, proporcionaria a todos os Estados Integrantes uma alternativa de dependência externa face a outros blocos;
...
(3) Trata-se de uma Comunidade com cerca de 250 milhões de pessoas, espalhadas por 5 Continentes (Europa, África Ocidental e Oriental, América do Sul, Ásia e Oceânia) e 3 Oceanos (Atlântico, Pacífico e Indico); ou seja um Espaço Mundial;
...
(4) Tem como factor comum a Língua e uma História de mais de 400 anos, com as memórias comuns daí advenientes nos povos que habitam esses Estados;
...
(5) São, todos eles, Estados com "territórios" de Mar apreciáveis, alguns deles com recursos apreciáveis; tal facto podia proporcionar sinergias e cooperação em termos de uma política de Mar, aproveitando as Auto-Estradas Marítimas que este factor proporciona;
...
(6) Poderia começar-se pela introdução prática de 4 liberdades: Liberdade de circulação de pessoas, de bens, de capitais e Liberdade de Estabelecimento e pela constituição de um Mercado Comum para os produtos agrícolas e industriais;
...
(7) Deveria no seu seio ser concertada uma acção de Política Externa Comum (salvaguardados as pertenças de que anteontem falei) que levasse este bloco a ter posições comuns face aos acontecimentos mais graves, nos fora internacionais, o que provocaria um Novo Equilíbrio Internacional.
...
(8) Quando os nossos Embaixadores (dos vários países) falam actualmente em algumas Organizações Internacionais, representam Um País. Se representassem 8 com a implantação referida acima, a sua importância e a importância das suas palavras seria, de facto, no jogo do Poder Mundial, diferente porque mais poderosa.
...
(B) a GUINÉ EQUATORIAL e a CPLP – as questões que se levantam e os prós e contras
..
Na minha modesta opinião a recente admissão da Guiné Equatorial à CPLP, tem várias vertentes de análise, sendo que, para mim, as mais importantes são:
...
Retrato da Guiné Equatorial
Depois da Nigéria e de Angola, é o terceiro produtor de petróleo da África subsariana, razão pela qual se instalaram no país, nos últimos anos, algumas das maiores companhias petrolíferas do mundo.

Outros apostam nas infra-estruturas, como o Brasil, que entre os países da CPLP, é o maior investidor estrangeiro na Guiné Equatorial.

Guiné Equatorial foi portuguesa e, 1778,foi cedida por Portugal a Espanha por troca com territórios da região do Brasil. Como colónia de Espanha, permaneceu ignorada da opinião pública internacional até à década de 1960, quando surgiram os primeiros movimentos nacionalistas.
...
É um tema complexo.
Em 1º lugar porque não é um País de Língua Portuguesa, embora no passado remoto tenha sido território nacional.
...
Em 2º lugar é, dada a sua riqueza em Petróleo, um bom negócio em que a comunidade espanhola acaba de perder um aliado;
...
Em 3º lugar se mais países quiserem aderir, por mimetismo, seguindo o exemplo da Guiné Equatorial, isso poderá fortalecer a CPLP;
...
Em 4º lugar não penso que a CPLP esteja suficientemente fortalecida e coesa para admitir um novo membro estranho á cultura, á língua e ao passado histórico comum dos actuais Estados membros.
...
Em 5º lugar uma questão que me suscita todo este assunto prende-se com um recurso muito importante e estratégico: O Petróleo.
..
Angola, Timor, São Tomé e Principe e mais recentemente Moçambique, têm no seu território ou no seu mar, este recurso.
..
Com a adesão de mais um país com esse recurso será que terá sido considerado um fortalecimento deste bloco de países no seio dos Produtores Mundiais de Petróleo?

Por tudo isto a minha opinião divide-se, entre o concordar com a sua admissão e entre o rejeitar esse pedido.
...
C) NOVOS FACTOS e REFLEXÃO FINAL
Chamo finalmente a vossa atenção para um facto de tal importância que ainda não se podem medir as consequências na projecção desta comunidade ou bloco, no Sistema Internacional:
- O Japão;
- A Turquia;
- A Geórgia;
- A Namíbia;
Deram nota diplomática de quererem juntar-se á CPLP, como Membros Observadores.

Este facto não é despiciendo pois revela o interesse crescente de países importantes, no contexto Geopolítico e Geoestratégico, neste bloco.
..
Pena é que os dirigentes políticos portugueses não prestem a devida atenção;
Pena é que os dirigentes políticos portugueses não percebam a relevância potencial deste bloco, no sistema internacional futuro;
Pena é que os dirigentes políticos portugueses não percebam que a Independência de um País se faz pela Diversificação de Dependências;
Pena é que continuem a prestar pouca ou nenhuma atenção prática e real (a não ser em discursos) a esta possibilidade de aliviar a nossa excessiva dependência da UE.
Pena é que não seja feito o Plano Estratégico Nacional, que contemple este bloco, dado que Portugal não tem um Plano Estratégico há mais de 40 anos.
..
Portugal tem grandes Responsabilidades Históricas no Continente Africano, para não falar de outros. Sempre atraímos a nós Outros Povos. Não é Rejeitando, Afastando ou Expulsando outros Povos que se inculcam Novos Valores e Novos Princípios. É ATRAINDO, é RECEBENDO que Defendemos os Nossos Interesses e os Nossos Valores. Já gora ... pensem nisto!
...
À Vossa consideração e comentário.
Melhores cumprimentos
Miguel Mattos Chaves
Doutorado em Estudos Europeus (dominante: Economia)
pela Universidade Católica
Auditor de Defesa Nacional
pelo Instituto da Defesa Nacional (CDN 2003)

23 de julho de 2014

.Guiné Equatorial é o mais novo integrante da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)


Posted: 23 Jul 2014 02:53 AM PDT
cplp-x-cimeira
A Guiné Equatorial foi aceite por consenso como membro de 
pleno direito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), 
sem que tenha havido uma votação.
De acordo com a agência Lusa, que cita fonte da delegação de Portugal,
“houve um consenso generalizado” favorável à entrada da Guiné Equatorial,
mas também um “debate intenso”, suscitado por Portugal, na sequência do qual
ficou combinado que o Presidente deste novo membro da CPLP, Teodoro Obiang,
deve explicar os passos já dados e previstos para cumprir as condições de adesão.
Por sua vez, fonte da delegação brasileira, afirmou que os Estados-membros da CPLP
 “decidiram incorporar” a Guiné Equatorial, não tendo havido uma votação, mas
“uma formação de uma opinião geral”, que envolveu um debate: “As pessoas discutem,
colocam os seus problemas, as suas visões”.
Esta decisão foi tomada na sessão restrita da X Cimeira da CPLP, que decorre em Díli,
 Timor-Leste, na qual a Guiné Equatorial não participou.
Durante esta sessão, segundo a referida fonte da delegação portuguesa,
o Presidente da República de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, vincou os
princípios fundadores desta comunidade de países – que incluem o respeito
pelos direitos humanos e o uso do português como língua oficial – invocou o
roteiro estabelecido para a adesão da Guiné Equatorial.
De acordo com esta fonte, o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho,
falou depois, reforçando o sentido da intervenção de Cavaco Silva, e é agora esperado
que Teodoro Obiang exponha de que forma está a cumprir as condições de adesão e que
apoio necessita da parte da CPLP para cumprir tudo o que esta comunidade espera
da Guiné Equatorial.
Os trabalhos foram interrompidos para almoço.
O roteiro estabelecido pela CPLP para a adesão da Guiné Equatorial incluía o fim
da pena de morte e medidas destinadas a promover o uso do português, num país
 onde a língua mais falada é o castelhano.
Retrato da Guiné Equatorial
Depois da Nigéria e de Angola, é o terceiro produtor de petróleo da África subsariana,
razão pela qual se instalaram no país, nos últimos anos, algumas das maiores
 companhias petrolíferas do mundo.
Outros apostam nas infra-estruturas, como o Brasil, que entre os países da CPLP,
é o maior investidor estrangeiro na Guiné Equatorial.
No entanto, não é fácil fazer negócios naquele país. A Agência para o Investimento
e Comércio Externo de Portugal (AICEP) coloca a Guiné Equatorial em 163º lugar
 na transparência e três lugares mais acima na tabela relativa à facilidade de negócios.
Ainda assim, Portugal exportou, de Janeiro a Abril deste ano, pouco mais de
19 milhões de euros, sobretudo de metais, químicos e máquinas.
As importações representam pouco mais de 11 milhões de euros,
sobretudo em combustíveis minerais.

20 de julho de 2014

CPLP

Parabéns CPLP pelos 18 anos! É significativo este importante aniversário 
ser realizado em Timor-Leste. Agora que atingiu a maior idade todos 
desejamos para a CPLP uma ação enérgica na constituição de uma 
eficaz e profunda união entre os países e regiões de língua portuguesa! 
Um abraço a todos!

18 de julho de 2014

João Ubaldo Ribeiro

Faleceu na madrugada desta sexta-feira o escritor João Ubaldo Ribeiro. 
O autor de clássicos da Literatura Brasileiro como Sargento Getúlio
Viva o povo brasileira. Será velado hoje na Academia Brasileira de Letras. 


14 de julho de 2014

A ALEMANHA GANHOU O CAMPEONATO MUNDIAL


Equipa alemã campeã da solidariedade
António Justo
O jogo (1-0) entre a Alemanha e a Argentina foi um 
desafio de grandes. Fica o exemplo positivo da eficiência 
do trabalho em grupo (um por todos e todos por um) e a 
advertência para as equipas e para as nações: 
Modernamente é imprescindível, saber e competência técnica, 
espírito de equipa, orientadores à altura, para que se evite 
que “equipas”, com grandes capacidades a nível de indivíduos, 
se desorientem e árbitros amadores fomentem jogos 
desagradáveis, em que a brutalidade tenha chance, como 
foi o caso do jogo entre Brasil e Colômbia com a vítima Neymar.
A selecção alemã foi um exemplo de competência e solidariedade. 
Soube ganhar ao valorizar o adversário. Soube ser hóspede 
comprando um terreno e mandando construir um campo d
futebol e um condomínio para habitação, em Porto Seguro, 
contratando pessoas humildes da terra para construí-lo. 
Desde a sua chegada misturou-se com o povo participando na 
sua vida e nas suas festas. Depois do campeonato e de volta à 
Alemanha ofereceu o condomínio em que esteve instalado, 
para ser dedicado ao ensino dos mais necessitados e 
doaram também uma ambulância. Deste modo a festa valeu a
 pena para todos!
No campeonato, por trás dos bastidores houve, certamente, 
muitas coisas que enjoariam o espectador e estragariam a 
festa se fossem publicadas. Como em tudo, onde o ser 
humano entra cheira a próximo! O problema prevalece, 
como de costume: uns celebram a festa e outros 
preparam-na e pagam-na.
A realização do campeonato no Brasil contribuiu um pouco 
também para o grande colosso acordar e organizar manifestações 
cívicas capazes de formularem mais exigências políticas que, 
de outro modo, não seriam colocadas na ordem do dia.
A equipa alemã deu um exemplo de competência, 
humanidade e um grande testemunho de solidariedade; 
a equipa, símbolo da nação, marca presença, sabe estar 
com os ricos e com os pobres, do lado dos vencedores e 
dos vencidos. (Esta deveria ser mais motivo de imitação 
do que de posições e comentários ressentidos, agarrados 
a uma Alemanha do passado impedidores de encarar o presente!)
Talvez o que esteja por trás de uma certa inveja e 
ressentimento de certos resmungões, que ao contrário da 
Alemanha são incapazes de integrar o colectivo no sujeito e 
o sujeito no colectivo.
Vai sendo o tempo de abandonar a consciência da adulação 
dos heróis, ou da demonização dos fracos, para se passar 
à construção de um povo heróico. A equipa alemã não se 
fica pelo herói, pela tribo, pela nação porque procura integrar 
nela não só o mundo mas também os seus arredores.
António da Cunha Duarte Justo


8 de julho de 2014

Levanta-te, Brasil!

Que não descanses em paz, Brasil, até que sejas mais o país da justiça, 
da ética, da educação e da cultura do que o país do futebol. O planeta e
 todos nós não precisamos que ganhes o Mundial, mas necessitamos 
urgentemente que ponhas fim à destruição da Amazónia, das tribos indígenas, 
dos animais na indústria da carne e da biodiversidade e que acabes com as 
desigualdades sociais, com a corrupção e com as máfias da droga. 
Não precisamos de ti no futebol, mas precisamos muito de ti na mudança de 
paradigma, para a qual tens tanto potencial. Não precisamos de ti nos estádios. 
Precisamos de ti na mudança de consciência. Não chores: levanta-te e anda! 
Deixa-os levar a taça da treta e ergue a bandeira de um Mundo Novo! 
Levanta-te, Brasil!

por Paulo Borges

Governo de Timor-Leste baptiza ponte em homenagem à CPLP


2014-07-08 15:53:44

Díli – O Governo timorense vai baptizar uma ponte na capital, Díli, como 
«Ponte CPLP», como símbolo do respeito de Timor-Leste para com o 
auxílio prestado pela comunidade ao seu povo.
Haverá duas pontes em Komoro, Díli, uma que foi concluída no ano passado 
e outra cuja obra irá terminar em breve. O ministro das Obras Públicas, 
Gastão Sousa, disse que o Executivo vai inaugurar as pontes a 22 de Julho, 
antes do final da Cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP),
que decorre entre 17 e 23 de Julho.

«As pontes serão inauguradas durante a Cimeira da CPLP e serão denominadas 
´Pontes na CPLP´, pelo respeito à solidariedade conferida pelos membros da 
comunidade para com a resistência timorense no passado», disse o ministro.

Gastão Sousa sublinhou ainda que os membros da CPLP, especialmente Portugal, 
Angola e Moçambique deram o seu forte apoio à independência de Timor-Leste durante 
a ocupação indonésia.
(c) PNN Portuguese News Network

5 de julho de 2014

MARES NAVEGADOS CONTRA A ADMISSÃO DA GUINÉ EQUATORIAL COMO MEMBRO DE PLENO DIREITO DA CPLP


 COMUNICADO


A Associação Mares Navegados manifesta a sua apreensão 
com a anunciada admissão da Guiné Equatorial como membro 
de pleno direito da CPLP-Comunidade dos Países de 
Língua Portuguesa, tema da agenda da próxima Cimeira d
e Chefes de Estado, a realizar-se no próximo mês de julho, em Dili.

O significado desse momento, em que Timor-Leste assumirá a 
Presidência da CPLP, evoca um grande sentimento coletivo da 
Comunidade, a comunhão das suas gentes e dos governos dos 
sete países fundadores no apoio à resistência do povo 
timorense à opressão, cuja independência consagrou a vitória 
da democracia, dos direitos humanos e do reconhecimento 
da língua portuguesa como símbolo de união.

Torna-se por isso difícil de aceitar que Presidentes democraticamente 
eleitos acolham em pé de igualdade, como seu par, o Sr. Obiang, 
um ditador, responsável por décadas de violência contra o seu 
povo, que apenas adotou medidas cosméticas como a inclusão 
do português como terceira língua oficial e a suspensão, não abolição, 
da aplicação da pena de morte, com o intuito de alcançar um 
aval internacional, porque e enquanto membro da CPLP.

Os povos da CPLP são solidários com o povo da Guiné Equatorial 
e portanto devem ser exigidos ao Sr. Obiang compromissos 
definitivos e não meros expedientes, para que a CPLP não venha a 
ser acusada de desvirtuar os valores e princípios sobre os quais 
edificou a sua criação, ao se vergar a interesses económicos e financeiros

A admissão da Guiné Equatorial como membro de pleno 
direito da CPLP, na nossa perspetiva, fragilizará a sua credibilidade 
internacional e poderá enfraquecer a coesão de seus Estados membros, 
que se revelou de grande importância em momentos delicados, 
nomeadamente na cooperação para a retomada da normalidade 
democrática na Guiné-Bissau.

A Associação Mares Navegados defende pois que a Guiné Equatorial 
se mantenha apenas como Observador da CPLP. Se, no entanto, se 
consumar a admissão da Guiné Equatorial em Dili, que a mesma 
fique sob um rigoroso monitoramento programático, com etapas e 
prazos definidos, assente
no cumprimento de exigências cruciais como a da abolição da 
pena de morte e da prova continuada de sua progressiva 
democratização e da efetiva promoção e uso da língua portuguesa.

Lisboa, 30 de Junho de 2014



MARES NAVEGADOS SE CONGRATULA COM  A 
CARTA ABERTA DE  EMINENTES
PERSONALIDADES DOS OITO PAÍSES DA CPLP 
CONTRA A ENTRADA DA GUINÉ
EQUATORIAL COMO MEMBRO DE PLENO DIREITO 
NA COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA

« Adesão da Guiné-Equatorial à CPLP chumbada 
em Carta Aberta
Publicado em J.N.  2010-07-20


Treze personalidades dos oito países lusófonos assinaram uma Carta Aberta 
em que se manifestam contra a entrada da Guiné Equatorial na CPLP.
Os 13 signatários consideraram que a admissão da Guiné Equatorial será um 
"precedente inaceitável" e levaria à "grave descredibilização" da organização.
 "Defendemos um não inequívoco à admissão da Guiné Equatorial como membro 
de pleno direito da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) na 
medida em que o país não preenche os requisitos para entrar", salienta a 
missiva dirigida aos Chefes de Estado e de Governo dos países lusófonos, que 
se reúnem em cimeira na sexta-feira, em Luanda.
A missiva é subscrita, entre outros, pelo bispo das Forças Armadas português, 
D. Januário Torgal Ferreira, pelo bispo timorense de Baucau, D. Basílio do Nascimento, 
pelo escritor moçambicano Mia Couto, pelo ensaísta português Eduardo Lourenço, 
pelo Frei Carlos Alberto Libânio Christo, pelo músico brasileiro Chico Buarque, pela ensaísta 
são-tomense Inocência Mata, o nacionalista angolano Justino Pinto de Andrade e pelo 
cantor guineense Manecas Costa.
A admissão do regime do presidente Teodoro Obiang, cujo país já detém o estatuto de 
observador associado da CPLP desde 2006, "constituiria um precedente inaceitável 
- com amplas consequências políticas - na prática e na ética da organização e levaria 
à sua grave descredibilização", sustentam.
Afirmando que assinou a carta "com convicção pessoal", o bispo da Forças Armadas, 
D. Januário Torgal Ferreira, explicou, em declarações à Agência Lusa, que a inexistência da
 língua portuguesa na Guiné Equatorial e as alegadas violações dos direitos humanos 
naquele país são "razões fundamentais" para não concordar com a sua adesão.
Por seu lado, o escritor moçambicano Mia Couto disse que a "CPLP não pode ser mais uma 
organização que está aberta sem princípios a todos os países e a todas as candidaturas que
 baterem à porta".
Afirmando que todos conhecem a história da Guiné-Equatorial, o escritor moçambicano 
lamentou que os países que proclamavam a defesa dos direitos humanos os 
"tenham esquecido" assim que se descobriu petróleo na Guiné Equatorial. "Esta má 
companhia não vem ajudar o bom nome da CPLP", frisou.
Na missiva, as personalidades lembram que CPLP rege-se por princípios que "não se trocam 
por negócios", em alusão aos interesses económicos de várias empresas lusófonas na 
Guiné-Equatorial, terceiro produtor de petróleo e gás natural na África subsaariana.
"Todos os membros da CPLP sofreram com as ditaduras que governaram os seus países 
ou dominaram os seus territórios não autónomos. Pela liberdade, deram a vida milhares de 
cidadãos. Não queremos caucionar um ditador, nem reconhecer uma ditadura que só procura 
disfarçar a sua verdadeira natureza", sustentam.
E lembram que a promessa de adoptar o português como terceira língua oficial na 
Guiné Equatorial "por decreto ou outro tipo de mecanismo arbitrário, resultaria em 
mais uma imposição brutal ao seu povo, no caso a de uma língua completamente desconhecida".
A possível adesão da Guiné-Equatorial deverá ser um dos temas a abordar na VIII Cimeira 
de Chefes de Estado e de Governo da CPLP. »


1 de julho de 2014

Guitarra portuguesa

Marta Pereira da Costa
Fado Lopes

http://www.youtube.com/watch?v=C7RU4ycOkRU&feature=youtu.be

Origem e Difusão da Literatura de Cordel - parte 1

Palestra do Prof. António Abreu Freire
no Salão nobre da antiga Junta de Freguesia da Maia
em 21 de junho de 2014.

Organização AICEM

http://youtu.be/8aIumdBfiw4