CONVITE
O Instituto Camões - Centro Cultural Português e a Cátedra Agostinho da Silva da UnB têm o prazer de convidar
para o lançamento do livro O LIVRO DO RIO MÁXIMO DO PADRE JOÃO DANIEL, publicado pela EDUC da PUC-SP, no dia 18 de outubro, quinta-feira, às 19h30.
Este lançamento esta inserido na programação do colóquio
"Agostinho da Silva e os 50 anos da UNB"
Na ocasião será apresentada uma exposição bibliográfica de obras de Agostinho da Silva
Local: IC- Centro Cultural Português / Embaixada de Portugal em Brasília
SES - AV. Nações Quadra 801, Lote 02
Fone:
E-mail: geral@institutocamoes.org.br
O LIVRO DO RIO MÁXIMO DO PADRE JOÃO DANIEL
Henryk Siewierski (prólogo, seleção e posfácio)
Henryk Siewierski (prólogo, seleção e posfácio)
EDUC, 2012
ISBN 978-85-283-0441-1
O Padre João Daniel, cronista da Companhia de Jesus, que viveu na Amazônia no período de 1741 a 1757, precisa mesmo ser recuperado, a partir da violência de seu degredo e prisão em Portugal, onde morreria, e do alcance de sua obra, pensamento e legado que nos atingem e informam sobre o presente e se projetam ainda ao futuro.
Muitos pesquisadores e historiadores têm se debruçado sobre ele, e, para isso, é fundamental a edição recente de Tesouro descoberto no máximo rio Amazonas, onde se pode acompanhar desde algumas singularidades a preciosos comentários.
À maneira de um antropólogo que foi, conseguiu expressar observações minuciosas e seus aturdimentos a respeito dos costumes da terra, da vida dos índios, das diversas maneiras de cultivo e comportamento. Tratou das plantas e preparos de cura, práticas da antropofagia e mecanismos de ocupação da terra e organização da economia. Diante do máximo rio, do mar doce, experimentaria o espanto e a opção pelo ingresso em territórios que lhe trouxeram descobertas importantes, a constituírem o maior tesouro de informações que se tem sobre o mundo amazônico no período colonial. (...)
O trabalho de Henryk Siewierski sobre o Padre João Daniel vai nos mostrar outros aspectos, como a dimensão poética e o olhar de descoberta que nos levam à história pelo poético. Geografia e forma, detalhe e amplitude. O padre e personagem que se fez ator e autor no mundo amazônico nos situa de modo a podermos entender conquistas e impasses de nossa própria construção social e cultural ao longo de séculos.
Por isso, esta sensível antologia nos conduz e aproxima de uma linguagem que busca expressar a grandeza dos espaços que se oferecem em trópicos sem limites, e o exercício da tirania implacável que levaria à prisão e à morte o observador privilegiado, o cronista que conseguiu nos deixar um tesouro incomparável.
Jerusa Pires Ferreira
Professora do Programa COS/PUC-SP
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