O maior heroi português do séc. XX num excelente filme
Caso ainda não tenham visto e queiram ver um bom filme português,
recomendo-vos "Aristides de Sousa Mendes, Cônsul de Portugal em Bordéus",
com uma excelente interpretação de Vítor Norte.
È mesmo uma autêntica prenda de Natal.
Nele se narra, de uma forma fiel à história, como o nosso Cônsul em Bordéus,
em Junho de 1940, “armado” apenas de uma simples caneta, concedendo vistos,
salvou mais de 30.000 vidas humanas do holocausto nazi.
Aristides desobedeceu a Salazar, que o demitiu e impediu de exercer
qualquer profissão, tendo morrido na miséria.
Por isso, para mim, é o maior heroi português do séc. XX,
pelo seu gesto super corajoso e humanista e está muito bem retratado nesta película.
Para mais pormenores, podem consultar o meu anterior post, clicando em:
O filme passa em Lisboa numa das salas do centro comercial por debaixo
da praça de touros do Campo Pequeno e numa das do centro comercial Amoreiras.
Como o Mundo seria melhor se houvessem mais Aristides!
Bom Natal a TODOS e Paz na Terra!
Jorge da Paz Rodrigues
Um comentário:
A par de Aristides e por terem agido de forma idêntica, entendo justo e necessário lembrar e homenagear aqui também dois ilustres brasileiros, que igualmente merecem a designação de heróis lusófonos. Desobedecendo a ordens do Presidente Getúlio Vargas, o então Embaixador do Brasil em França, Luiz de Souza Dantas, concedeu centenas de vistos a judeus até 1942, e D. Aracy de Carvalho Guimarães Rosa (infelizmente falecida em 2011, em São Paulo), encarregada de vistos no Consulado do Brasil em Hamburgo, logrou igualmente vistos para salvar dezenas de judeus. Ambos ficaram para a História da Humanidade, entre outros, como “Justos entre as Nações” e estão lembrados, tal como Aristides, no Museu do Holocausto, em Jerusalém.
Acresce que, no domingo passado (23-12-2012), foi noticiado num jornal e numa TV portuguesas (Publico e SIC respetivamente), que apareceram documentos e testemunhos de um outro ‘Aristides’ português, até aqui desconhecido, que terá salvo em Roma, então ocupada pelos nazis, dezenas de pessoas perseguidas por estes, entre os quais judeus, e que, se capturadas, iriam ser mortas num campo de concentração. Trata-se do padre Joaquim Carreira, então diretor do Colégio Eclesiástico português em Roma, que nele acolheu e deu esconderijo seguro a esses perseguidos.
Aqui fica o registo. Boas Festas a todos.
Jorge da Paz Rodrigues
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