“As pessoas não dão
atenção a certos modos de comportamento essenciais, como respeitar os mais
velhos, obedecer a passagem de pedestres, a cordialidade no trânsito, a
valorização do bem público”
(Gilberto Velho – antropólogo)
Há uma sobrecarga de informações, mas falta cidadania.
Como observou David Allen, a pessoa atualmente pode estar
produzindo o mesmo que três antigamente, mas não está recebendo o triplo.
É claro que o mundo com informação e infinitas
possibilidades, veio para ficar.
“O desafio é participar de forma produtiva nesse mundo novo
e turbulento, sem ficar paralisado por ele”, acrescentou o jornalista.
No fundo: sem ser dele escravo.
Para muitos, a sobrecarga de informação recebida pelos
usuários da internet está mais ligada ao consumo do que a produção.
“É preciso filtrar corretamente a informação que chega até
você, porque, nos próximos anos, isso vai piorar”, afirmou Luli Radfahrer,
professor de Comunicação Digital da USP.
“A água ainda está na cintura, mas é preciso ser rápido.
Caso contrário, a água vai bater na boca, no nariz, na testa, e, aí, vai ser
tarde demais”, arrematou.
A palavra cidadania vem do Latim “civitas”, que quer dizer
cidade.
Ela designa, de modo geral, o conjunto de direitos e deveres
que uma pessoa possui em determinada sociedade e também em relação ao Estado.
É o conjunto de valores morais que orienta os comportamentos
dos indivíduos de um grupo ou de uma sociedade.
Também pode ser entendida como o campo da filosofia que
reflete sobre os costumes e à moral.
Estamos muito mal nesse terreno.
Vemos isso nas ruas: na falta de civilidade, de cortesia, de
gentileza. De educação.
O estresse e a agressividade predominam.
Nesse ambiente, a corrupção se multiplica.
A falta de respeito ao outro e ao bem público se traduz em
números.
Dados da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
(Fiesp) mostra que, numa estimativa realista, anualmente, a corrupção causa um
rombo de R$50, 8 bilhões aos cofres públicos.
Com esse dinheiro, seria possível pavimentar 39 mil
quilômetros de rodovia, construir 78 aeroportos ou oferecer rede de esgoto a
15,7 milhões de lares.
(EMANUEL MEDEIROS VIEIRA, BRASÍLIA, MARÇO DE
2012)
Um comentário:
Emanuel: Como se consegue apurar esse número? O que é oculto é desconhecido, logo, incomensurável. Tudo no Brasil é na ordem dos bilhões, atendendo ao tamanho do país ... Claro que os corruptos, se não forem travados, encontram terreno fértil para colherem bom fruto. Mas o teu combate e frontalidade, robustecidos nos tempos duros do apagão estado-novense, são imparáveis. Parabéns pela perseverança, meu bom amigo. Carlos Jorge Mota
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