2 de julho de 2011

poétiCAS

José Lourenço
1 de julho de 2011 12:04

Aqui reside o sentido mais apurado da civilização que nós humanos buscamos;

"Por este rio acima
isto que é de uns
Também é de outros
Não é mais nem menos
Nascidos foram todos
Do suor da fêmea
Do calor do macho
Aquilo que uns tratam
Não hão-de tratar
Outros de outra coisa
Pois o que vende o fresco
Não vende o salgado
Nem também o seco
Na terra em harmonia
Perfeita e suave
das margens do rio
Por este rio acima:
intemporal, até ao dia que se saiba que isto que é de uns, também é de outros ...

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