Poema único de Bernardo Soares
Vida foi gratuita e pobre
quando se apanhava fruta
ou se catavam raízes
ou tola caía fruta
depois a pagou bem caro
escravo ou funcionário
nem tempo para pensar
porquê tão triste fadário
mas outro tempo virá
de vida gratuita e boa
para comer regalado
e ler Fernando Pessoa.
Vida foi gratuita e pobre
quando se apanhava fruta
ou se catavam raízes
ou tola caía fruta
depois a pagou bem caro
escravo ou funcionário
nem tempo para pensar
porquê tão triste fadário
mas outro tempo virá
de vida gratuita e boa
para comer regalado
e ler Fernando Pessoa.
(recolhido de SILVA, Agostinho da. Do Agostinho em torno do Pessoa. Lisboa: Ulmeiro, 1997, p. 15.)
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