O Conselho de Ministros de Moçambique ratificou na quinta-feira o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, disse hoje o ministro moçambicano dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Oldemiro Baloi.
A posição do governo de Moçambique relativa à adopção do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa tem em conta a presidência da CPLP, que assumirá a partir de Julho, durante a cimeira da comunidade lusófona, que se realizará em Maputo.
Falando aos jornalistas, o chefe da diplomacia moçambicana justificou a demora de adesão de Moçambique ao Acordo Ortográfico com a tentativa de o país «clarificar e ganhar a dimensão total das implicações de natureza não só financeira como também organizativa».
«Nós falamos a língua portuguesa mas com algumas características muitas próprias. Temos um grande peso das línguas nacionais. Como é que isso interage com este acordo ortográfico? E depois, é a questão da sua ampla divulgação. Está aqui imenso trabalho a fazer entre a ratificação e a plena entrada em vigor», disse Oldemiro Baloi.
O titular da pasta dos Negócios Estrangeiros de Moçambique lembrou que o país tem agora «um período da chamada derrogação», que recusou dizer qual, «ou seja, o tempo que Moçambique necessita para ajustar todos os instrumentos necessários para que o acordo seja efectivo».
No último ano, o ministro moçambicano da Educação, Zeferino Martins, estimou que a implementação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa em Moçambique terá um «custo mínimo» de 80 milhões de euros.
Lusa/SOL
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