Aprovação do Código Florestal pela Câmara: O elogio da motosserra
Por Emanuel Medeiros Vieira
"Quando a última árvore tiver caído, quando o último rio tiver secado, quando o último peixe for pescado, vocês vão entender que dinheiro não se come.” (Greenpeace)
A aprovação do inominável a do Código Florestal pela Câmara dos Deputados É UM RETROCESSO AMBIENTAL QUE – SE NÃO FOR MUDADO NO SENADO OU VETADO PELA PRESIDENTE DILMA – afetará as atuais e as próximas gerações de brasileiros.
É o elogio da motosserra, é a apologia do desmatamento. No fundo (não exagero) é a defesa da morte e da destruição.
É claro que se o Senado não mudar o código, as mudanças propostas irão gerar uma cadeia irreversível de devastação ambiental que irão danificar a paisagem do Brasil para sempre.
Os desmatadores estão fora de controle, incentivados pela promessa de anistia e da nova regulamentação. O desmatamento se multiplicou a um nível astronômico. O desmatamento da Amazônia atingiu em abril 593 km quadrados da floresta, cinco vezes mais que o índice registrado no mesmo mês de2010, segundo dados oficiais divulgados em 18 de maio.
Emendas dos ruralistas irão anistiar crimes ambientais cometidos antes de 2008, e acabarão com a proteção a áreas vulneráveis, tais como matas ciliares e topos de morros, áreas em que a cobertura florestal é crucial para prevenir deslizamentos e enchentes como as que recentemente devastaram comunidades de norte a sul do país.
Os constantes assassinatos de ambientalistas e de defensores da Amazônia no Norte, não estarão ligados à certeza da impunidade? Não adianta o governo só fazer reuniões e se lamentar.
É PRECISO AGIR! É PRECISO NÃO TER MEDO!
É uma luta duríssima!
Durante a campanha eleitoral, Dilma prometeu vetar qualquer lei que aumentasse o desmatamento.
Cobremos a sua promessa!
(Salvador, junho de 2011)
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